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A
propósito de Póvoa de Varzim
Região
: Norte
Sub-região
: Grande Porto
Distrito : Porto
Antigua provincia
: Douro Litoral
(Entre-Douro-e-Minho)
Orago :
Nossa Senhora da Conceição & São Pedro
População
: 63 470 hab. (2001)
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As primeiras
populações fixaram-se no seu território entre quatro
a seis mil anos atrás. Por volta de 900 a.C., a instabilidade na
região levou à fundação de uma cidade fortificada.
O mar sempre teve primazia na sua cultura e economia, primitivamente através
do comércio marítimo, depois com a pesca, levando a que adquirisse
um foral em 1308 e, consequentemente, tornou-se no principal porto de pesca
do Norte de Portugal em pleno século XVIII.. Desde os finais do
século XIX, devido aos seus extensos areais, tornou-se numa das
áreas principais turísticas da região.
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Praça
do Almada

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A Praça
do Almada, criada no século XVIII, é desde essa altura o
centro administrativo da cidade, onde se localiza-se a Câmara Municipal
da Póvoa de Varzim. Apesar de problemas menores, a praça
caracteriza-se pela arquitectura tradicional portuguesa que sempre a marcou.
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Situação
Actual |
Classificado |
Categoria de
Protecção |
IIM Imóvel
de
Interesse Municipal |
Decreto |
67/97, DR 301,
de 31-12-1997 |
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Coreto
da Praça do Almada
...O primeiro
esforço para construir um coreto no local remonta a 1896, tratando-se,
muito possivelmente, de uma estrutura efémera, como aconteceu um
pouco por todo o país. Só em 1904 se procedeu à sua
efectiva edificação, inaugurando no ano seguinte com a actuação
da Banda Povense.
Associado ao
surgimento e florescimento das bandas filarmónicas, de que a Banda
Povense é um bom exemplo, este palco era simultaneamente um pólo
dinamizador de reuniões, concertos e discussões.
De planta hexagonal
(forma que se repete até à cobertura), o coreto segue uma
tipologia comum, com as instalações sanitárias de
apoio, em alvenaria, no registo térreo, e o espaço para actuação
e convívio no registo seguinte. Este, é circunscrito por
uma guarda de ferro fundido aberta na zona da escada de acesso, com guarda
idêntica. Em cada um dos ângulos do hexágono, ergue-se
uma das seis colunas que suportam a cobertura, rematada por lanternim,
ambas com decorações de influência oriental.
É bem
visível neste coreto a utilização da arquitectura
do ferro, que recorre a uma inspiração oriental muito marcada,
ainda que aplicada numa gramática geométrica e estilizada.
De gosto romântico, esta estrutura destaca-se pela cobertura, em
chapa metálica escura, com cercadura rendilhada de tons claros,
que se articula com as colunas. Remata o conjunto um lanternim, sobrepujado
por um pináculo.
Se, por um lado,
o coreto revela o gosto da burguesia local, por outro, deixa antever uma
sociedade que tem tempo de lazer, que passeia nas principais artérias
da vila para ver e ser vista.
Rosário
Carvalho - IPPAR
- Património
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